Árabes –  contribuíram largamente para o desenvolvimento da perfumaria, não somente porque levaram para a península ibérica, o Jasmim ( considerada a rainha das flores na perfumaria), mas principalmente por terem inventado a destilação.

Os árabes ofereceram à humanidade o primeiro alambique e descobriram o método para destilação que permitiu produzir  a primeira água de Rosas do mundo, isolando o perfume das pétalas em forma de óleo.

Os árabes não só compreendiam e apreciavam os prazeres dos perfumes, mas também tinham conhecimentos avançados de higiene e medicina. Eles produziram elixires partindo de plantas e animais com propósitos cosméticos e terapêuticos.

A história indica que foi na Arábia e na Índia, que surgiram os primeiros mestres da perfumaria. Ali já havia sido criada alguma coisa parecida com a água de colônia, obtida pela maceração de pétalas de rosas.

Apesar dos Árabes terem desenvolvido técnicas de destilação de plantas em larga escala, o aperfeiçoamento só aconteceu na Itália em 1320, que permitiu a produção regular de álcool, marco fundamental para o desenvolvimento da perfumaria..

Os primeiros passos no desenvolvimento dos perfumes que se tem notícia, data  de 1221, em Florença, Itália, quando os frades dominicanos iniciaram as atividades de farmácia, que produzia essências, pomadas, bálsamos e outras preparações medicinais. Esta atividade deu origem a Officina Profumo di Santa Maria Novella, fundada oficialmente em 1612.

A França era um dos centros culturais dessa época e estimulou a difusão do perfume por toda a Europa, através da influência da “corte perfumada” dos reinados de Luis XIV e Luis XV, que ditava a moda de beleza e arte, principalmente a sua amante, Madame de Pompadour, que usou seu poder para influenciar a corte de Versailles, e estimulou a popularização do banho na França. Ela gastava horas no toalete; banhava-se com sabonetes de lavanda, de outras flores e ervas. Usava adstringente e incrementava o penteado com pomadas perfumadas. A rosa era o elemento principal da maioria das fragrâncias, misturada à lavanda, ao cravo, noz-moscada, musgo de carvalho e íris. Violetas e Jasmins também eram muito apreciados. As luvas tinham perfume de neróli (o óleo da flor de laranjeira).

Colônia, fundada pelos Romanos, tem mais de dois mil anos de idade e passou por mãos germânicas, francesas e inglesas.

Giovanni Maria Farina trocou o Piemonte, na Itália, por Colônia no início do século 18.

Inventor de perfumes, ele criou uma fragrância totalmente nova para a época, bem diferente dos aromas açucarados que enchiam os salões nobres europeus.

Sua fórmula, de 1732, chamada Eau de Cologne, uma homenagem a cidade, ainda um segredo da família Farina, levava óleos essenciais de frutas cítricas, como limão, laranja, tangerina e grapefruit. O novo produto foi um sucesso e dezenas de outras águas perfumadas apareceram no mercado, entre elas, a conhecida 4711, de 1790..

Em Paris, Madame de Pompadour introduziu-a na Corte, fixando definitivamente  o nome  Eau de Cologne..

Durante a guerra que se estabeleceu para saber qual era a água de colônia autêntica, a família Mülhens chegou até a utilizar o nome Farina, comprado de outra família Italiana, mas a Corte Alemã, proibiu.

Em 1808  a família Farina fundou em Paris uma perfumaria que continuou sendo dirigida pelos filhos e netos de Giovanni e para proteger os seus produtos contra a pirataria, passaram a estampar  no rótulo a assinatura de Jean Marie Farina ( o nome Frances de um dos descendentes). Mais tarde a empresa foi vendida para a família Collas, que por sua vez a transferiu em 1862 para as famílias Roger & Gallet, dando origem à nova empresa, que atua até os dias de hoje.

A França ganhou fama mundial, pelas essências e matérias primas produzidas em Grasse, o que motivou a formação de empresas sólidas, produtoras de fragrâncias.

No início do século XVIII foram lançados diversos livros sobre plantas, abordando inclusive o uso medicinal dos perfumes. O sueco Carl Von Lineu foi um dos primeiros a desenvolver um sistema de classificações de odores.

Com a Guerra dos Sete Anos, a cidade de Colônia tinha um grande movimento. As tropas francesas estacionaram lá e a “água” de Farina ganhou um excelente “garoto propaganda”: Napoleão Bonaparte. De acordo com a história, Napoleão despejava todas as manhãs um frasco inteiro de Água de Colônia sobre a cabeça.

Daí para o surgimento das grandes marcas da perfumaria francesa foi um pulo. Guerlain, Pinaud, Roger & Gallet, e Hermés. Em Londres, surgiram Yardley e Atkinsons